10/02/2022
Todos os meses são abertos
entre 100 e 120 Protocolos de Dor Torácica no Hospital Novo Atibaia (SP), um
procedimento padrão analisa o paciente que recorre à instituição com queixas de
dor no peito, a fim de confirmar ou descartar o diagnóstico de doenças cardiovasculares
de risco. Além de orientar a tomada de decisões por meio da integração entre a
equipe de Clínicos Emergencistas e os Cardiologistas em plantão, o método evita
um possível mal cardíaco, como o infarto agudo do miocárdio.
Apesar de apenas um a cada três casos necessitarem de
intervenção imediata e serem classificados como infarto, o atendimento
eficiente é imprescindível nas unidades hospitalares, por isso o Protocolo de
Dor Torácica adotado pelo Hospital Novo Atibaia é tão importante, mesmo que
cerca de 70% dos pacientes não apresentem nenhum problema coronariano.
Neste sistema, quando o paciente chega ao Pronto Atendimento
apresentando dor no peito, às vezes atípica e sem precedentes, um atendimento
voltado à classificação e identificação de possível enfermidade é aberto. O
objetivo é a melhor gestão do tempo, considerando que esse é um fator decisivo
quando se trata do músculo cardíaco.
No Hospital Novo Atibaia, o procedimento que regula a Dor
Torácica foi implementado em 2014 e, desde então, vem sendo melhorado de forma
a se tornar cada vez mais adequado às necessidades dos pacientes. Essas
atualizações são baseadas em novos conhecimentos na área médica, bem como na
análise de dados coletados regularmente. Tais referências são levantadas a partir
de um impresso específico que detalha as informações de todos os envolvidos no
sistema: enfermeiros, médicos, profissionais da hemodinâmica e do laboratório.
“Para o Protocolo de Dor Torárica, o principal indicativo é a
medição e a otimização do tempo em cada passo do processo. Quando o paciente
relata ao enfermeiro a dor no peito, abre-se o protocolo, sendo necessária a
realização de um eletrocardiograma no mesmo, o que deve levar, no máximo, dez
minutos. Para isso, conta-se com um eletrocardiograma na unidade de Urgência e
Emergência dedicado apenas a esse sistema”, explica o Dr. Luciano Souza A. de
Carvalho, médico do Pronto Atendimento do HNA.
Após esse procedimento padrão, o médico é contatado para análise
do exame e tomada decisão baseada na investigação, além do resultado, do
histórico do enfermo e fatores de risco. Por fim, o parecer do profissional é
descartar a possibilidade de um infarto. Neste caso, o paciente pode ser
liberado ou ser deixado em observação para a realização de mais exames para
concluir o quadro. Porém, se o caso for identificado como um infarto e
necessitar de tratamento imediato, o tempo total até o final da intervenção não
deve ultrapassar 90 minutos, minimizando a perda de músculo cardíaco da pessoa
atendida.
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