30/09/2021
Segundo os últimos dados do IBGE (2018), o Brasil tem mais de 28
milhões de idosos, lembrando que são considerados idosos as pessoas com mais de
60 anos. Este número representa aproximadamente 13% da população do país. A
mesma pesquisa ainda mostra que este percentual tende a dobrar nas próximas
décadas. E foi pensando no bem-estar do idoso que o Hospital Santa Cruz, de
Curitiba (PR), lançou um projeto pioneiro no sul do país chamado Santa Cruz
Sênior.
Para
agilizar, facilitar e simplificar a rotina de tratamento dos idosos e suas
famílias, o programa oferece uma avaliação completa em um único dia
(atendimento integral, multidisciplinar e interdisciplinar) com geriatras,
enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, dentistas, entre
outros.
“Desta
forma, iniciamos uma avaliação global de cada paciente, de modo a melhorar a
qualidade de vida de forma individualizada, de acordo com a necessidade de cada
um. Nosso objetivo é auxiliar no envelhecimento de forma saudável”, explica a
Dra. Patricia Westphal Marchiori, médica geriatra do programa Santa Cruz
Sênior.
O
programa já está em pleno funcionamento e para participar, o requisito básico é
ter 60 anos ou mais e convênio atendido pelo hospital. “Os cuidados com os
pacientes são personalizados, levando sempre em conta os aspectos físicos,
sociais e emocionais de cada um e de seus familiares. Queremos proporcionar uma
avaliação geral, e dar atenção especial para doenças que são mais normais após
os 60 anos, como é o caso das alterações de memória e até a doença de
Alzheimer. Faremos tudo que for necessário para que o paciente tenha uma rotina
tranquila e o mais saudável possível”, pontua a Dra. Patricia.
Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, 100 mil novos casos de Alzheimer
são diagnosticados por ano. No mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas.
Segundo estimativa da Alzheimer’s Disease International (ADI),
os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, por
causa do envelhecimento da população.
Para a Associação
Brasileira de Alzheimer (ABRAz), o mês de setembro, assim como o Dia do Idoso
(1 de outubro) é uma oportunidade para sensibilizar a população, o governo, as
entidades públicas e privadas de saúde, além dos profissionais da área sobre a
importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do cuidado que deve ser
ofertado. Bem como o apoio e o suporte necessário para os familiares e
cuidadores das pessoas que convivem com a doença.
De acordo
com a Coordenadora da Neurologia do Hospital Santa Cruz, Dra. Ana Carolina
Dalmônico, o Alzheimer é uma condição neurológica que ocasiona progressivo
declínio cognitivo. “Com o passar do tempo, podem surgir também sintomas de
alteração do humor, como apatia e até agressividade, bem como dificuldades para
a locomoção. Atualmente, esta doença é a principal causa de alteração de
memória – que denominamos de demência – na população acima de 65 anos”,
destaca.
Os
pacientes com Alzheimer podem demorar anos para saberem que têm a doença, pois
alguns de seus sintomas, como a perda de memória e o raciocínio lento, podem
ser interpretados pelos parentes ou cuidadores como consequências normais do
envelhecimento.
“É
importante que, ao surgirem os primeiros sintomas, o paciente passe por uma
avaliação neurológica, pois se iniciado precocemente, o tratamento garantirá
uma boa qualidade de vida por longo tempo. O diagnóstico é feito com avaliação
neurológica detalhada, testes de memória, exame físico e exames de imagem. É
muito importante a presença do familiar que tem a convivência mais próxima do
paciente para a adequada coleta das informações na consulta inicial”, afirma a
Dra. Ana Carolina.
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